
Os acidentes domésticos são uma das principais causas de emergência infantil, representando um risco significativo para a saúde e segurança das crianças. Segundo dados de organizações de saúde, a maioria desses acidentes ocorre dentro de casa, onde a criança deveria estar mais protegida. Quedas, queimaduras, intoxicações, engasgamentos e afogamentos são algumas das ocorrências mais comuns, muitas das quais poderiam ser evitadas com medidas simples de prevenção.
A curiosidade natural das crianças e a falta de noção dos perigos tornam essencial que pais e responsáveis adotem estratégias para minimizar os riscos dentro do ambiente doméstico. Desde a adaptação dos espaços até a supervisão constante, pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença na redução de acidentes.
1. Principais Causas de Acidentes Domésticos com Crianças
1.1 Quedas

As quedas estão entre os acidentes domésticos mais frequentes envolvendo crianças, podendo resultar em ferimentos leves, como arranhões e hematomas, ou mais graves, como fraturas e traumatismos cranianos. Devido à curiosidade natural e à falta de equilíbrio dos pequenos, qualquer móvel ou objeto pode se tornar um risco em potencial.
Principais Causas de Quedas
- Escadas e degraus: Crianças pequenas podem perder o equilíbrio facilmente ao subir ou descer escadas.
- Camas e móveis altos: Trocas de fraldas em camas ou trocadores sem proteção podem resultar em quedas inesperadas.
- Brinquedos e objetos espalhados: Piso desorganizado pode levar a tropeços.
- Uso de andadores: Embora pareçam seguros, andadores aumentam o risco de quedas em superfícies desniveladas ou escadas.
- Sofás e cadeiras: Crianças costumam escalar móveis e podem cair ao tentar se equilibrar.
- Varandas e janelas abertas: A ausência de redes de proteção pode ser fatal.
Medidas de Prevenção
- Instalar grades de segurança no topo e na base de escadas.
- Utilizar protetores de quinas e antiderrapantes em tapetes e pisos escorregadios.
- Evitar deixar móveis próximos a janelas ou varandas e instalar redes de proteção.
- Ensinar a criança desde cedo a não subir em cadeiras e mesas.
- Manter o ambiente organizado, sem objetos espalhados pelo chão.
- Evitar o uso de andadores, conforme recomendação de pediatras e órgãos de saúde.
O Que Fazer em Caso de Queda?
- Se a criança bater a cabeça e apresentar sonolência excessiva, vômitos ou desmaio, procurar atendimento médico imediatamente.
- Caso haja fratura aparente, evitar movimentar a área afetada e levar a criança ao pronto-socorro.
- Para ferimentos leves, lavar a área com água e sabão e aplicar compressas frias para reduzir o inchaço.
1.2 Queimaduras
As queimaduras estão entre os acidentes domésticos mais perigosos para crianças, podendo causar desde lesões leves até ferimentos graves com risco de sequelas permanentes. A pele infantil é mais sensível e vulnerável ao calor, tornando essencial a adoção de medidas preventivas para evitar esse tipo de acidente.
Principais Causas de Queimaduras em Crianças
- Líquidos quentes: Derramamento de café, chá, leite ou sopa pode causar queimaduras graves.
- Fogão e forno: Crianças podem tocar panelas quentes ou abrir o forno sem perceber o risco.
- Ferro de passar roupa: Deixar o ferro ligado e ao alcance dos pequenos pode resultar em queimaduras acidentais.
- Tomadas e fios elétricos: Crianças curiosas podem inserir objetos em tomadas ou tocar fios desencapados, causando queimaduras elétricas.
- Produtos químicos: Certos produtos de limpeza, como soda cáustica, podem causar queimaduras químicas na pele.
- Exposição ao sol: Longos períodos de exposição sem proteção podem resultar em queimaduras solares severas.
Medidas de Prevenção
- Manter panelas sempre com os cabos virados para dentro do fogão.
- Usar protetores para impedir o acesso de crianças ao fogão e ao forno.
- Nunca segurar líquidos quentes enquanto carrega uma criança no colo.
- Guardar ferros de passar e chapinhas em locais fora do alcance infantil.
- Instalar protetores de tomada para evitar queimaduras elétricas.
- Armazenar produtos químicos em locais trancados e fora do alcance das crianças.
- Aplicar protetor solar e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes do dia.
O Que Fazer em Caso de Queimadura?
- Queimaduras leves: Lavar a área afetada com água corrente fria por pelo menos 10 minutos. Não aplicar pasta de dente, manteiga ou qualquer substância caseira.
- Queimaduras graves: Se houver bolhas, pele carbonizada ou sinais de dor intensa, procurar atendimento médico imediatamente. Não estourar bolhas nem tentar remover tecidos grudados na pele.
- Queimaduras químicas: Lavar a área com bastante água e levar a criança ao hospital.
- Queimaduras elétricas: Desligar a fonte de eletricidade imediatamente e procurar socorro médico, pois podem ocorrer danos internos não visíveis.
1.3 Intoxicações
A intoxicação infantil é um dos acidentes domésticos mais comuns e perigosos, podendo ocorrer por ingestão, inalação ou contato com substâncias tóxicas. Como as crianças são naturalmente curiosas e exploram o mundo levando objetos à boca, é fundamental manter produtos perigosos fora do alcance e adotar medidas preventivas.
Principais Causas de Intoxicação em Crianças
- Medicamentos: A ingestão acidental de remédios deixados ao alcance pode causar intoxicações graves.
- Produtos de limpeza: Água sanitária, desinfetantes e detergentes podem ser confundidos com bebidas e ingeridos acidentalmente.
- Plantas tóxicas: Algumas plantas comuns em casa, como comigo-ninguém-pode e copo-de-leite, podem causar envenenamento se mastigadas.
- Cosméticos e perfumes: Cremes, esmaltes e colônias podem ser ingeridos pelas crianças, causando intoxicação.
- Produtos químicos: Tintas, solventes e pesticidas representam um grande risco se inalados ou ingeridos.
- Alimentos estragados ou contaminados: Consumo de alimentos vencidos ou mal armazenados pode causar intoxicação alimentar.
Medidas de Prevenção
- Manter medicamentos e produtos de limpeza em locais altos e trancados.
- Nunca armazenar substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou outros recipientes atrativos para crianças.
- Ensinar desde cedo que remédios não são balas e nunca administrá-los sem prescrição médica.
- Identificar plantas tóxicas em casa e removê-las do ambiente infantil.
- Comprar produtos com tampas de segurança para dificultar o acesso das crianças.
- Sempre verificar a procedência e o prazo de validade dos alimentos.
O Que Fazer em Caso de Intoxicação?
- Se a criança ingerir algo tóxico: Não induzir o vômito sem orientação médica. Ligar imediatamente para o centro de intoxicação ou procurar atendimento médico.
- Se houver contato com a pele ou olhos: Lavar a área com bastante água corrente e buscar orientação médica.
- Se houver inalação de substâncias químicas: Levar a criança para um ambiente arejado e, se houver dificuldade para respirar, procurar um pronto-socorro imediatamente.
- Em qualquer caso, levar a embalagem do produto ingerido ao hospital para facilitar o diagnóstico e tratamento.
1.4 Engasgamento e sufocamento
Engasgamento e sufocamento estão entre as principais causas de acidentes domésticos fatais em crianças, especialmente nos primeiros anos de vida. Como os pequenos exploram o mundo levando objetos à boca e ainda não têm total controle da deglutição, é fundamental que os responsáveis adotem medidas preventivas e saibam agir em caso de emergência.
Principais Causas de Engasgamento e Sufocamento
Alimentos inadequados:
- Alimentos pequenos e duros, como uvas inteiras, pipoca, nozes e balas.
- Pedaços grandes de carne, frutas e vegetais sem corte adequado.
- Alimentos pegajosos, como marshmallows e manteiga de amendoim.
Objetos pequenos:
- Brinquedos com peças pequenas (botões, tampinhas, baterias de lítio).
- Moedas, pregos, clipes e outros objetos do dia a dia.
- Bexigas desinfladas ou estouradas.
Roupas e acessórios:
- Cordões e fitas em roupas ou berços podem causar estrangulamento.
- Colares, pulseiras e presilhas de cabelo mal fixadas.
Posição inadequada ao dormir:
- Uso de travesseiros, cobertores fofos e bichos de pelúcia em excesso no berço.
- Bebês dormindo de barriga para baixo aumentam o risco de sufocamento.
Medidas de Prevenção
Cuidados com a alimentação:
- Oferecer alimentos cortados adequadamente (exemplo: cortar uvas ao meio no sentido do comprimento).
- Evitar alimentos pequenos e duros para crianças menores de 4 anos.
- Incentivar a mastigação e supervisão constante durante as refeições.
Atenção aos brinquedos e objetos domésticos:
- Evitar brinquedos com peças pequenas para crianças menores de 3 anos.
- Guardar moedas, baterias e objetos pequenos fora do alcance infantil.
- Comprar brinquedos com selo de segurança e indicados para a idade da criança.
Segurança no berço e na hora do sono:
- Bebês devem dormir sempre de barriga para cima, sem travesseiros ou cobertores grossos.
- Evitar o uso de protetores de berço acolchoados, que podem causar sufocamento.
- Manter o ambiente de sono seguro e livre de objetos soltos.
O Que Fazer em Caso de Engasgamento?
Se a criança estiver tossindo:
- Incentivar a tosse, pois ela é o mecanismo natural para expelir o objeto.
- Não oferecer líquidos ou colocar a mão na boca da criança, pois isso pode piorar a situação.
Se a criança não conseguir tossir ou respirar:
- Para bebês menores de 1 ano:
- Colocar o bebê de bruços sobre o antebraço e dar até 5 tapinhas firmes nas costas, entre as escápulas.
- Se não resolver, virar o bebê de barriga para cima e fazer 5 compressões torácicas no centro do peito.
- Repetir até o objeto ser expelido ou até o socorro chegar.
- Para crianças maiores de 1 ano:
- Realizar a Manobra de Heimlich:
- Ficar atrás da criança, abraçando-a na altura do abdômen.
- Fazer compressões rápidas e firmes pressionando para dentro e para cima.
- Repetir até a criança expelir o objeto ou começar a respirar.
- Realizar a Manobra de Heimlich:
Se a criança perder a consciência, iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP) e chamar o socorro imediatamente.
1.5 Choques elétricos
Os choques elétricos representam um grande risco para crianças dentro de casa, podendo causar queimaduras, arritmias cardíacas e, em casos graves, até parada cardiorrespiratória. Como os pequenos são naturalmente curiosos e não entendem o perigo da eletricidade, é essencial adotar medidas preventivas para evitar esse tipo de acidente.
Principais Causas de Choques Elétricos em Crianças
- Tomadas desprotegidas – Crianças podem inserir objetos metálicos, como chaves e clipes, dentro das tomadas.
- Fios desencapados ou expostos – O contato com cabos elétricos danificados pode resultar em choques graves.
- Aparelhos eletrônicos ligados – Secadores de cabelo, carregadores de celular e ferros de passar roupa podem ser perigosos se manuseados sem supervisão.
- Brincadeiras com eletrônicos e pilhas – Brinquedos que usam baterias ou crianças que tentam desmontar aparelhos eletrônicos podem sofrer choques elétricos.
- Contato com água e eletricidade – Usar aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou próximo de banheiras e pias pode aumentar o risco de choque.
Medidas de Prevenção
- Proteger as tomadas – Utilizar protetores de tomada para impedir que crianças coloquem objetos dentro delas.
- Manter fios em bom estado – Substituir fios desencapados e evitar o uso de extensões elétricas em excesso.
- Desligar e guardar aparelhos elétricos – Após o uso, desconectar ferros, secadores e carregadores e guardá-los fora do alcance das crianças.
- Evitar o uso de eletrônicos perto da água – Nunca utilizar aparelhos elétricos próximo de pias, banheiras ou piscinas.
- Ensinar sobre os perigos da eletricidade – Explicar, de maneira simples e adequada à idade da criança, que eletricidade pode ser perigosa.
O Que Fazer em Caso de Choque Elétrico?
Se a criança ainda estiver em contato com a eletricidade:
- Não toque na criança diretamente! Primeiro, desligue a fonte de energia (desconecte o aparelho ou desligue o disjuntor).
- Se não for possível desligar a energia, use um objeto isolante (como um cabo de vassoura de madeira ou borracha) para afastar a criança da fonte elétrica.
Se a criança estiver inconsciente ou com dificuldades para respirar:
- Chame o SAMU (192) ou serviço de emergência imediatamente.
- Inicie reanimação cardiopulmonar (RCP) se a criança não estiver respirando.
- Se houver queimaduras, não aplique pomadas ou gelo, apenas cubra a área com um pano limpo e úmido.
1.6 Afogamentos
Os afogamentos estão entre as principais causas de morte acidental na infância e podem ocorrer em poucos segundos, mesmo em pequenas quantidades de água. Crianças pequenas, especialmente menores de 5 anos, têm maior risco, pois não possuem coordenação motora e força suficientes para se salvar sozinhas. A supervisão constante e medidas preventivas são essenciais para evitar tragédias.
Onde os Afogamentos Ocorrem?
- Piscinas: A principal causa de afogamento infantil em residências. Sem proteção adequada, crianças podem cair acidentalmente na água.
- Banheiras: Um bebê pode se afogar em poucos centímetros de água se ficar sem supervisão.
- Baldes e bacias: Crianças pequenas podem cair de cabeça dentro de baldes com água e não conseguir sair.
- Vasos sanitários: Bebês curiosos podem se inclinar sobre o vaso e cair dentro dele.
- Rios, lagos e praias: Locais de lazer podem representar grande risco se não houver vigilância constante.
Medidas de Prevenção
- Supervisão constante: Crianças nunca devem ficar sozinhas perto da água, nem por um instante.
- Piscinas seguras: Instalar cercas de no mínimo 1,20m ao redor da piscina e usar capas protetoras quando não estiver em uso.
- Banheiras e baldes vazios: Sempre esvaziar baldes e banheiras após o uso.
- Tampas fechadas: Manter a tampa do vaso sanitário sempre fechada e, se possível, usar travas de segurança.
- Coletes salva-vidas: Crianças devem usar coletes adequados ao nadar em rios, lagos ou no mar.
Aulas de natação: Ensinar a criança a nadar desde cedo pode ajudar na prevenção, mas nunca substitui a supervisão de um adulto.
O Que Fazer em Caso de Afogamento?
- Retirá-la imediatamente.
- Se estiver inconsciente, chamar o SAMU (192) e iniciar reanimação cardiopulmonar (RCP) (compressões no peito e respiração boca a boca).
- Se estiver consciente, mantê-la aquecida e levá-la ao hospital para avaliação.
Mesmo que a criança pareça bem após um pequeno afogamento, é importante buscar atendimento médico, pois pode haver afogamento secundário, que ocorre quando a água nos pulmões causa dificuldades respiratórias horas depois do acidente.
1.7 Cortes e perfurações
Cortes e perfurações são acidentes domésticos comuns entre crianças, podendo ocorrer por contato com objetos cortantes, quedas ou manuseio inadequado de utensílios. Embora muitos ferimentos sejam superficiais, alguns podem levar a infecções ou sangramentos intensos, exigindo cuidados imediatos.
Principais Causas de Cortes e Perfurações
- Facas, tesouras e utensílios de cozinha: Crianças podem se machucar ao tentar pegar objetos cortantes.
- Brinquedos e objetos quebrados: Plásticos rachados, vidros e brinquedos com peças afiadas podem causar cortes.
- Lápis e canetas: Crianças pequenas podem se furar ao brincar com esses objetos de forma inadequada.
- Materiais escolares e ferramentas: Estiletes, réguas de metal e grampeadores podem causar ferimentos.
- Pisos e móveis pontiagudos: Quinas expostas e pisos irregulares aumentam o risco de quedas com cortes.
- Pregos, arames e farpas de madeira: Podem causar perfurações profundas e infecções graves.
Medidas de Prevenção
- Manter objetos cortantes fora do alcance das crianças.
- Ensinar o uso correto de tesouras e materiais escolares.
- Guardar utensílios de cozinha e ferramentas em gavetas trancadas.
- Evitar brinquedos com peças afiadas ou quebradas.
- Usar protetores de quina em móveis pontiagudos.
- Inspecionar áreas externas para remover pregos, vidros e objetos perigosos.
O Que Fazer em Caso de Corte ou Perfuração?
Se for um corte superficial:
- Lavar o ferimento com água e sabão para evitar infecções.
- Aplicar pressão com um pano limpo para estancar o sangramento.
- Usar curativos ou bandagens para proteger a área.
Se for um corte profundo ou uma perfuração:
- Se houver sangramento intenso, pressionar firmemente o local com um pano limpo e buscar atendimento médico.
- Não retirar objetos encravados (como pregos ou vidros), pois isso pode piorar o sangramento.
- Manter a área elevada para reduzir a perda de sangue.
- Procurar um médico para verificar a necessidade de pontos ou vacina contra tétano.
2. Como um Pediatra Pode Ajudar na Prevenção de Acidentes Domésticos?
O pediatra desempenha um papel fundamental na prevenção de acidentes domésticos com crianças, pois tem o conhecimento técnico necessário para orientar pais e responsáveis sobre como proteger os pequenos dentro de casa. Além disso, o pediatra pode identificar fatores de risco específicos para cada criança e sugerir medidas personalizadas para garantir sua segurança.
1. Educação e Orientação
- O pediatra pode fornecer informações claras sobre os riscos mais comuns dentro de casa, como quedas, queimaduras, intoxicações e engasgamento, e orientar sobre como evitá-los.
- Pode orientar os pais sobre como proteger o ambiente doméstico, oferecendo dicas práticas, como a instalação de grades de segurança, o uso de protetores de tomada, o armazenamento adequado de produtos perigosos e o cuidado com a alimentação.
- Discutir a importância da supervisão constante e do uso de equipamentos de segurança, como cadeirinhas de carro, capacetes e coletes salva-vidas.
2. Avaliação do Desenvolvimento Infantil
- O pediatra pode identificar características de desenvolvimento da criança que possam aumentar os riscos de acidentes, como a mobilidade crescente em bebês e a curiosidade dos primeiros anos.
- Recomendar precauções baseadas na idade e nas habilidades da criança, adaptando as orientações para o estágio específico de desenvolvimento (exemplo: não deixar bebês sozinhos perto de água ou objetos cortantes).
3. Promoção de Hábitos Saudáveis
- Incentivar práticas seguras durante atividades diárias, como a alimentação (evitar alimentos perigosos para engasgar), o uso correto de brinquedos e a importância de criar rotinas de segurança no ambiente familiar.
- Reforçar a importância de ensinar as crianças, conforme elas crescem, sobre os riscos e como evitar situações perigosas, como o uso de fogões e tomadas.
4. Avaliação e Aconselhamento sobre Primeiros Socorros
- O pediatra pode fornecer treinamento básico sobre primeiros socorros aos pais, ensinando como reagir em casos de engasgamento, queimaduras, quedas e outros acidentes. Saber como agir rapidamente pode fazer toda a diferença até que a ajuda médica chegue.
- Informar sobre os sinais e sintomas que indicam que a criança precisa de cuidados médicos imediatos, como em casos de intoxicação ou ferimentos graves.
5. Encaminhamentos Adequados
- Caso o pediatra perceba riscos adicionais no ambiente doméstico, como negligência ou a presença de substâncias tóxicas, ele pode orientar os pais a procurar apoio de outros profissionais, como psicólogos ou assistentes sociais, para garantir um ambiente seguro.
- O pediatra também pode encaminhar as famílias para programas educativos sobre segurança infantil, quando disponíveis na comunidade.
Sobre a Dra Gisele Trasfereti
A Dra. Gisele Trasfereti é pediatra e neonatologista com mais de 20 anos de experiência, especializada em cuidados intensivos neonatais. Ela realizou estágio na UTI Neonatal da University of Miami Miller School of Medicine e é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Veja o que os pacientes da Dra. Gisele Trasfereti estão comentando:
3. Conclusão
Acidentes domésticos com crianças são uma realidade que, muitas vezes, pode ser evitada com precauções simples e eficazes. A curiosidade natural dos pequenos e a falta de percepção sobre os perigos tornam os lares ambientes propensos a quedas, queimaduras, intoxicações, afogamentos e outros incidentes. No entanto, com a implementação de medidas preventivas, a educação sobre segurança e a supervisão constante, é possível reduzir significativamente os riscos. Investir em um ambiente seguro, aliado ao conhecimento sobre primeiros socorros, pode salvar vidas e garantir um crescimento saudável e protegido para as crianças. A prevenção é a chave para transformar a casa em um lugar seguro e livre de acidentes.